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Memória

Vinícius Caldeira Brant

Período: 1962-1963

Vinícius Caldeira Brant nasceu no dia 23 de março de 1941, em Belo Horizonte (MG). Faleceu em 25 de maio de 1999, em São Paulo.

Aluno da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade de Minas Gerais, durante o curso participou da organização das Ligas Camponesas, presidiu a Liga da Juventude Trabalhista, ligada ao Partido Trabalhista Brasileiro, e também atuou na formação do Movimento Revolucionário Tiradentes, ligado às Ligas Camponesas. Militante do movimento estudantil, integrou a Juventude Universitária Católica (JUC). Em maio de 1962, foi um dos fundadores da Ação Popular (AP), organização política com predominância de militantes católicos de esquerda.

Em julho, foi eleito presidente da UNE. Iniciou sua gestão no mês seguinte, em meio à chamada “greve de 1/3”, iniciada em junho, cujo objetivo era obter a participação dos estudantes, com direito a voto, nos órgãos colegiados de decisão das universidades, na base de 1/3. Ainda em agosto, a diretoria da UNE deliberou pela suspensão da greve. O movimento obteve vitórias parciais, ficando consagrado o direito de representação plural nos órgãos colegiados em todas as universidades e faculdades do país e tendo a proporção de 1/3 em algumas delas.

Nesse período, a UNE associou-se ao movimento em prol das chamadas “reformas de base” do presidente João Goulart, integrando-se, em 1963, à Frente de Mobilização Popular, que reunia sindicatos, parlamentares nacionalistas, militares progressistas e outros segmentos de esquerda.

Participou da resistência internacional ao golpe de 1964 no exterior do país. Em 1967, retornou ao país, engajando-se nos movimentos de oposição ao regime, inicialmente como membro da AP e, a partir de 1968, do Partido Revolucionário dos Trabalhadores, partido clandestino que ajudou a fundar. Foi preso em setembro de 1970, no Rio de Janeiro, sendo transferido depois para São Paulo, onde permaneceu detido até outubro de 1973.

Foi fundador do Partido dos Trabalhadores (PT) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Foi candidato a vereador de São Paulo em 1982. Foi presidente da Associação Profissional dos Sociólogos do Estado de São Paulo, mais tarde Sindicato dos Sociólogos do Estado de São Paulo, o qual também presidiria entre 1986 e 1989. Em 1992, tornou-se professor titular do Departamento de Sociologia e Antropologia da Universidade Federal da Minas Gerais.

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